Psicanálise visto por um leigo

Gosto de ler muitas coisas e, esses dias, me vi lendo sobre psicanálise. Fui “ativado” porque vi um vídeo nas redes sociais de uma psicóloga psicanalista bem conhecida (caso eu encontre o vídeo novamente, deixo o link aqui). Mas no vídeo ela dizia que:

“Não existe educação sem trauma”. Ela explica que trauma vem do grego e faz uma analogia com aquele “pauzinho” amarrado à árvore para que ela cresça reta e não para os lados. Quando esse apoio é retirado, fica a marca na árvore. O trauma seria justamente isso: a marca deixada pelo limite, algo que orienta o crescimento para o lado certo.

Quando falamos em trauma, a primeira coisa que vem à minha mente são questões psicológicas devastadoras. Por isso achei tudo isso curioso e fui ler mais a respeito. Na linguagem popular, trauma é algo ruim que deveria ser evitado a todo custo. Já na psicanálise, trauma pode ser entendido como:

Algo que organiza o psiquismo, o ponto onde o desejo encontra o limite, onde a fantasia infantil se rompe.

Isso aparece em:

O Mundo Atual Visto por FREUD, LACAN e WINNICOTT

Dito isso, me perguntei: como seria a visão do mundo atual pelos três autores citados acima?

Freud

Olhar freudiano: excesso de estímulo e pouca elaboração

Política:

Freud provavelmente diria algo como:

“A política virou um palco de descarga pulsional.”

Redes sociais

Freud ficaria alarmado:

Para Freud, isso aumenta ansiedade, impulsividade e agressividade.

Crianças e telas

Ele talvez dissesse:

“O princípio do prazer está vencendo cedo demais.”

Sexualidade hiperexposta

Freud foi quem mais falou sobre sexualidade, mas ele faria um alerta:

“Quando se antecipa simbolização sem maturação, gera-se confusão.”

Ou seja:

Jacques Lacan

Olhar lacaniano: queda da Lei e excesso de discurso

Política

Lacan diria algo duro:

“A Lei perdeu valor simbólico. Tudo virou opinião”

Redes sociais

Para Lacan, redes seriam:

“O império do imaginário.”

As pessoas não querem ser verdadeiras, querem ser vistas.

Crianças sem brincar

Lacan seria direto:

“Sem falta, não há desejo.”

Sexualidade como verdade pronta

Aqui Lacan seria muito crítico:

“Quando o adulto impõe significados, rouba o tempo do sujeito.”

Donald Winnicott

Olhar winnicottiano: ambiente falhando em excesso

Política

Winnicott diria algo como:

“Sociedades adoecem quando o ambiente não sustenta.”

Muita instabilidade, pouca confiança, muito medo.

Redes sociais

Ele ficaria preocupado com:

Crianças e telas

Winnicott seria enfático:

“Sem brincar, não há verdadeiro self (sou eu).” Brincar não é luxo. É fundação psíquica.

Tela demais cria adaptação, não espontaneidade.

Sexualidade precoce e excessivamente discursiva

Winnicott diria:

“A criança precisa de proteção do excesso de sentido.”

Não é repressão. É cuidado com o tempo interno.

Os três diriam:

Reflexões de um DevOps entre um café e outro

No fim das contas, isso é só a leitura de um DevOps de TI que gosta de psicologia, filosofia e neurociência e tenta conectar essas ideias com o mundo real de hoje. Não tenho formação na área, só curiosidade e algumas boas leituras… então leia tudo acompanhado de um bom café…

Copyright Notice

Author: Hugo Narrow

Link: https://entre-cafes.deployman.com.br/posts/o-mundo-atual-visto-por-freud-lacan-e-winnicott-entre-um-caf%C3%A9-e-outro/

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